Estadão

Macron, Johnson e Kishida condenam ataque à Ucrânia; China evita criticar Rússia

A China repetiu nesta quinta-feira (24) o pedido por negociações para resolver a crise na Ucrânia e evitou criticar o ataque da Rússia. "A questão da Ucrânia é complexa em seu contexto histórico. O que estamos vendo hoje é a mistura de fatores complexos", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying. "A China está acompanhando de perto os últimos acontecimentos. Nós ainda esperamos que as partes interessadas não fechem a porta à paz e, em vez disso, se empenhem em dialogar e evitar uma escalada da situação."

Já o presidente da França, Emmanuel Macron, condenou com veemência a decisão russa de iniciar a guerra e prometeu apoio à Ucrânia. "A Rússia deve encerrar suas operações militares imediatamente. A França está trabalhando com seus parceiros e aliados para encerrar a guerra", disse Macron. Ele conversou por telefone com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que pediu um "apoio europeu unido".

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também conversou por telefone com Zelensky e afirmou que o Ocidente "não ficará parado enquanto o presidente Putin trava sua campanha contra o povo ucraniano".

Outro líder a condenar o ataque russo na Ucrânia foi o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Ele disse que o país dará uma resposta rápida em conjunto com os Estados Unidos e outros aliados. "Esta invasão russa coloca em risco o princípio básico da ordem internacional que proíbe a ação unilateral de força para tentar mudar o status quo", declarou Kishida.

Espanha, França, Austrália e Itália também criticaram o episódio. Alemanha e Turquia alertaram seus cidadãos na Ucrânia para permanecerem em locais seguros. Fonte: Associated Press.

<b>Comissão Europeia</b>

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que apresentará aos líderes europeus ainda hoje um pacote de sanções "amplas e direcionadas" contra a Rússia pelo ataque à Ucrânia. Segundo von der Leyen, o conjunto de medidas atingirá setores estratégicos da economia russa, bloqueando acesso às principais tecnologias e mercados.

"Vamos enfraquecer a base econômica da Rússia e sua capacidade de modernização. Além disso, vamos congelar os ativos russos na União Europeia e impedir o acesso dos bancos russos ao mercado financeiro europeu", disse a presidente da Comissão Europeia.

Von der Leyen também declarou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é responsável por trazer a guerra de volta à Europa, e que a União Europeia está ao lado da Ucrânia e do seu povo. A líder classificou os ataques a diversas regiões ucranianas como "um ato de agressão sem precedentes da liderança russa contra um país soberano e independente" e acrescentou que o episódio atinge a estabilidade na Europa e "toda a ordem internacional baseada em regras.

"Apelo à Rússia para que pare imediatamente com a violência e retire as suas tropas do território da Ucrânia. Não permitiremos que o presidente Putin destrua a arquitetura de segurança que deu paz e estabilidade à Europa nas últimas décadas", disse. "Não permitiremos que o presidente Putin substitua o Estado de direito pelo Estado da força e da crueldade. Ele não deve subestimar a determinação e a força de nossas democracias."

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