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Magal: Sempre equilibrei o lado feminino na dança, sem deixar de ser másculo

Sidney Magal conta como foi acompanhar a distância a produção do musical sobre sua carreira – lembrando que ele ainda inspira o filme de ficção O Meu Sangue Ferve por Você, de Paulo Machline, e o documentário Me Chama Que Eu Vou, de Joana Mariani, que devem estrear no ano que vem.

<b>Por que não quis participar ativamente da produção?</b>

Eu não quis dar pitaco porque sei que os artistas não cantariam exatamente como eu ou não são tão bonitos quanto eu (risos). O que me importa é o musical oferecer algo que atinja a emoção da plateia. Se isso acontecer, 90% do sucesso está garantido.

<b>Musical, filmes, biografia: Sidney Magal é finalmente reconhecido?</b>

Fico emocionado com isso e choro com facilidade – certamente por causa da idade, estou com 72 anos… Isso mostra como foi positivo tudo o que enfrentei. Tive altos e baixos, mas nada disso me abalou, mesmo quando eu era chamado, nos anos 1970, de artista de um sucesso só.

<b>O musical destaca ainda a importância da sua mãe, Sônia, em sua carreira.</b>

Isso é muito importante, pois o espetáculo realiza algo que não fiz: colocar minha mãe cantando. Eu sabia de seu enorme talento, mas, artisticamente, não podíamos aparecer juntos cantando. Agora, estamos fazendo justiça com seu talento.

<b>O que você espera ver em cena, com dois atores interpretando Sidney Magal?</b>

Não quero avaliar se estão parecidos comigo ou se os trejeitos das danças estão certos. Espero apenas que, ao final, as pessoas digam que eles cantaram bem. Quando visitei a filmagem de O Meu Sangue Ferve por Você, fiz só uma observação ao Filipe Bragança, que interpreta meu papel: o de ficar atento ao lado feminino da dança. Eu conseguia um equilíbrio, pois era másculo com muito jeito em cena, mesmo sendo chamado de bicha (risos). E isso sem nenhuma técnica, que fui descobrindo espontaneamente.

<b>E como é fazer shows atualmente?</b>

Com 72 anos, é diferente, não consigo mais rebolar como antes (risos). Mas os shows continuam lotando, o público é muito acalorado. É essa troca que me alimenta. Quando troco de roupa no camarim e piso naquele espaço mágico, eu me transformo.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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