O Sevilla tem mesmo uma relação especial com a Liga Europa e mostrou mais uma vez nesta quinta-feira o porquê. Maior vencedora da competição, a equipe chegou à terceira decisão consecutiva ao derrotar o Shakhtar Donetsk com autoridade, por 3 a 1, na Espanha. Na primeira partida, na Ucrânia, as equipes haviam ficado no empate por 2 a 2.
Nos últimos dez anos, o Sevilla tem sido um verdadeiro dono da Liga Europa. Foram quatro títulos conquistados neste período – 2006, 2007, 2014 e 2015 – e a equipe nunca perdeu uma decisão do torneio. Tentará manter a escrita no próximo dia 18, na Basileia, diante do Liverpool, que também se classificou nesta quinta ao atropelar o Villarreal por 3 a 0.
A classificação do Sevilla também colaborou para a hegemonia espanhola na Europa nesta temporada. Dos quatro finalistas dos torneio continentais, três vieram do país – na Liga dos Campeões, Real Madrid e Atlético de Madrid decidirão o título. O domínio só não foi completo justamente porque o Villarreal perdeu nesta quinta.
Mas o Sevilla fez sua parte nesta quinta e mesmo entrando em campo com um resultado que lhe era favorável, foi para cima e ampliou a vantagem logo aos oito minutos. Malyshev errou o domínio na saída, Gameiro roubou, arrancou e tocou na saída do goleiro para abrir o placar.
O Shakhtar precisava de dois gols, foi para cima e chegou a empatar no fim do primeiro tempo. Aos 43, Marlos fez ótima jogada pela direita, foi trazendo para o meio e deu enfiada perfeita para Eduardo da Silva, que também mostrou categoria para tirar do goleiro com um leve toque.
Os ucranianos mantiveram o ritmo na volta do intervalo. No primeiro minuto, Kovalenko arriscou quase da meia-lua e Soria fez ótima defesa. Só que logo na sequência, Gameiro voltou a aparecer para recolocar o Sevilla na frente. Com um minuto e meio de jogo, o francês recebeu enfiada perfeita de Krychowiak, teve tranquilidade para driblar o goleiro e rolou para o gol vazio. Na comemoração, exibiu a camisa 7 de Krohn-Deli, companheiro de time que se lesionou com gravidade no jogo de ida.
O Sevilla manteve-se no ataque mesmo com a vantagem e quase viu Gameiro marcar um golaço de voleio após erro da defesa adversária. Mas aos 13 minutos, foi um brasileiro que deixou sua marca. O lateral Mariano, ex-Fluminense, avançou pelo lado direito e arriscou de longe, um chute cheio de efeito que matou o goleiro.
O terceiro gol desanimou o Shakhtar, que sequer conseguia exercer uma pressão. Chegava em momentos esporádicos, como aos 36 minutos, quando Eduardo da Silva recebeu cruzamento e cabeceou rente à trave. Mas a vaga já era mesmo do Sevilla, que administrou o resultado até o apito final.