Economia

Maioria das Bolsas da Europa fecha em alta, mesmo com tensões entre EUA e China

Os mercados acionários da Europa fecharam em alta na sessão desta terça-feira, 18, mesmo com a escalada de tensões sino-americanas diante da imposição de novas tarifas por Washington a produtos chineses, que foi retaliada por Pequim. A exceção foi a Bolsa de Londres, que registrou leve queda à medida que investidores monitoram os desdobramentos do Brexit. O índice Stoxx-600 avançou 0,11%, aos 378,73 pontos.

O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, encerrou as negociações em alta de 0,51%, aos 12.157,67 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, ganhou 0,28%, para 5.363,79 pontos. Em Madri, o Ibex 35 avançou 0,46%, aos 9.447,50 pontos, e em Lisboa o PSI 20 subiu 0,61%, aos 5.361,16 pontos.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na segunda-feira a imposição de tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em importações da China, que devem subir a 25% a partir de janeiro, e ameaçou uma terceira rodada de tarifas caso haja retaliação. Mesmo assim, a medida foi rebatida pelo governo de Pequim, o qual tarifou US$ 60 bilhões em produtos dos Estados Unidos.

O Ministério do Comércio da China também informou que entrou com um pedido na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra as tarifas de Washington. Mesmo diante das tensões, um possível agravamento da guerra comercial sino-americana já era esperada pelo mercado.

A Bolsa de Milão também avançou, com ganhos de 0,55% do índice FTSE MIB, para 21.228,23 pontos, monitorando ainda a discussão orçamentária no país. O jornal local La Stampa reporta que o vice-premiê da Itália, Luigi Di Maio, afirmou que o ministro da Economia, Giovanni Tria, “pode ir para casa” se insistir em um déficit fiscal menor, que resultaria em menos recursos para programas como a renda básica universal, uma das promessas do Movimento 5 Estrelas.

Os desdobramentos do divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) também foram acompanhados de perto por investidores. Foi divulgado nesta terça o relatório do Comitê do Brexit do Reino Unido, que informa sobre as negociações de junho a setembro.

O documento afirma que progressos foram feitos, “mas pontos persistentes permanecem”, e a “prioridade urgente” é um entendimento entre britânicos e o bloco comum. “Um não acordo “será caótico e prejudicial”, aponta o arquivo. O índice FTSE 100, em Londres, recuou 0,03%, aos 7.300,23 pontos.

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