Apesar de já aprovado pelo Conselho Estadual de Defesa do Meio Ambiente, que analisou profundamente cada metro da construção do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas, levando em consideração possíveis danos que poderia causar à natureza, concedendo todas as licenças necessárias para a obra, ainda tem gente – provavelmente mal informada e em desacordo com os benefícios que o complexo rodoviários irão gerar para a coletividade – que esperneia contra algo que já é fato. Chamou a atenção de parte da mídia um ato, promovido por um pequeno grupo de artistas e intelectuais na região central de São Paulo na última segunda-feira, denominado “Macumba Antropofágica”.
Os manifestantes, ignorando as licenças ambientais concedidas pelo Conselho Estadual, que conta com ampla participação popular, inclusive, profetizam que o Rodoanel Norte irá causar “grande destruição à última floresta urbana do Brasil (a Serra da Cantareira) e a milhares de moradias que serão desapropriadas”. De tão distantes da realidade, os intelectuóides ignoram até que a obra já foi aprovada até pelos maiores opositores do projeto, convencidos pelos técnicos do Dersa, de que não há o que temer. Que os benefícios ao meio ambiente são muito maiores que possíveis danos localizados.
Aliás, a construção do trecho Sul, inagurada do ano passado, é um grande exemplo de como é possível conciliar desenvolvimento com a preservação da natureza. Aquele trecho, assim como o Norte, corta importantes áreas de mananciais, que abastecem toda a Grande São Paulo, entrando em vários trechos da Serra do Mar. E, durante a obra, muita gente que não percebe a necessidade de dar passos adiante, gritou e esperneou.
Depois do Rodoanel pronto, acabaram por perceber que, além de não ter provocado danos ambientais, o trecho Sul ainda serviu como barreira para preservação de algumas áreas fadadas a degradação. E não será diferente no Norte.
Agora, passa da hora de deixar dessa lenga lenga de manifestos completamente distantes da necessidade de se olhar para a frente, e defender os reais interesses da população, criando condições para avançar rumo ao desenvolvimento. Ou será que tirar veículos dos grandes centros urbanos não significa preservar o meio ambiente?