Marcos Mion respondeu crítica feita pelo padre Júlio Lancelotti sobre um calçado caro que o apresentador usou durante uma das edições do <i>Caldeirão</i>, na TV Globo. Nesta terça, 25, o religioso usou as redes sociais para repercutir uma notícia que revelava que o apresentador usou um tênis que vale até R$ 81 mil em uma das edições da atração, mais valioso do que muito carro zero quilômetro. Um chinelo básico de uma das marcas mais conhecidas do Brasil, por exemplo, custa menos de R$ 20.
"Causa tristeza tanta desigualdade", escreveu Júlio Lancelotti na publicação que fez no Instagram. Nas redes sociais, Marcos Mion sempre publica momentos em que mostra a coleção de tênis que possui – muitos deles recebidos de grandes marcas nacionais e internacionais.
Os seguidores do padre – conhecido pelo trabalho que faz com moradores em situação de rua da cidade de São Paulo – comentaram. "Desnecessário, né?", "Realmente é um mundo muito injusto" e "Nem se eu tivesse R$ 81 mil daria em um tênis, minha consciência não permitiria" foram as mensagens mais enviadas.
O apresentador decidiu comentar a publicação do padre Júlio e escreveu um longo texto sobre o tema. "Querido Padre Júlio, preciso deixar claro que essa notícia quer causar exatamente esse efeito: Choque. Eu não paguei e nunca pagaria esse valor em um tênis. Existe um mercado de hiper valorização de tênis, como de qualquer outro produto, mas eu não faço parte dele", disse.
Marcos Mion explicou que possui tênis que atingem esses valores no mercado paralelo, mas que costuma comprar na loja, no dia do lançamento, com preço de marcado. "Eu tenho 100% de consciência do meu lugar de privilégio e por isso mesmo levo como obrigação ajudar ao próximo, como já fiz, por exemplo, doando e também divulgando suas causas", ressaltou.
Ele concluiu que está à disposição para ajudar o religioso e as causas as quais defende: "reitero minha admiração que tenho pelo seu trabalho abençoado".
Padre Júlio Lancelotti publicou a resposta de Mion na íntegra e acrescentou: "grato e sensibilizado pela resposta. Unidos na luta pelos fracos e descartados. A convivência diária com os mais pobres nos fere demais. Todos os dias vejo os pés marcados de tantos que até trabalham e não conseguem sequer um chinelo. Deus nos guarde e Maria também", finalizou.