A Maratona de Amsterdã não foi boa para os brasileiros. Marilson Gomes dos Santos e Franck Caldeira não completaram na Holanda, enquanto Solonei Rocha da Silva terminou na décima colocação. O atleta da Orcampi/Campinas até fez o índice para o Mundial de Pequim (China), no ano que vem, mas seu tempo não deve ser suficiente para garanti-lo na competição.
Isso porque Solonei completou a prova com 2h17min23s, abaixo apenas 37s do índice. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), para convocar para o Mundial, exige, além do índice, que o atleta esteja entre os 30 melhores do ranking mundial – considerando um máximo de três atletas por país. Solonei, porém, não fica nem entre os 500 melhores no ranking sem descartes.
A prova em Amsterdã teve muito vento contra os atletas na primeira metade da prova, dificultando a vida dos maratonistas, que passaram a ter a ajuda do vento nos 20 quilômetros finais. A vitória ficou com Bernard Kipyego, do Quênia, com 2min06s22, marca que o coloca entre os 20 melhores da temporada.
Se serve como consolo para Solonei, ele ficou atrás apenas de um catariano, um espanhol e um batalhão de sete quenianos, incluindo os três primeiros. “Sei que ficar entre os 10 primeiros colocados em uma prova disputada como esta é para poucos, sim sei. Mas quando você está a trabalho, você sempre quer o melhor resultado”, disse o campeão pan-americano de Guadalajara, que esperava correr a prova em 2h10min.
Os resultados ruins em Amsterdã devem obrigar Solonei, Marilson e Franck Caldeira, três dos principais maratonistas do País, a correrem uma maratona no início do ano que vem com a obrigação de fazer o índice. Também neste domingo, em São Paulo, o melhor brasileiro foi Edmilson Santana, com 2h20mi20s, longe do índice.