Economia

Materiais para manufatura devem seguir em alta, diz FGV

O avanço dos preços de materiais para a manufatura é o principal indício de que o câmbio já tem impulsionado a inflação doméstica. Na segunda prévia do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) de novembro, o subgrupo materiais e componentes subiu 1,22%, após queda de 0,37% no mês passado, e o aumento pode não ter chegado ao seu limite.

“O grupo carrega também um pouco do impacto agropecuário (por meio do farelo de soja), mas ele está recebendo gradualmente o impacto do câmbio”, disse o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros. “Talvez haja nova rodada de repasses, porque o câmbio não parece ter chegado a um equilíbrio”, acrescentou.

Na terça-feira, 18, o dólar no mercado à vista fechou em queda de 0,50%, a R$ 2,5890. Mesmo assim, a moeda no balcão ainda acumulava alta de 4,73% em novembro e de 9,89% no ano. Nesta quarta-feira, 19, o dólar mostra perda de força ante o real.

Na leitura divulgada hoje, a prévia do IGP-M subiu 0,72%, após alta de 0,13% em outubro. No atacado, a inflação avançou 0,93%, contra 0,03% na mesma base de comparação. Segundo Quadros, metade da aceleração no atacado foi provocada por matérias-primas agropecuárias, mas a influência do câmbio também foi um impacto importante.

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