O chefe do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do Banco Central, Caio Ferreira, explicou que as medidas adotadas hoje pela instituição vão beneficiar a concessão de crédito consignado para servidores. Na prática, a medida deve ampliar a oferta de recursos ou reduzir o custo das operações. A norma reduziu o Fator de Ponderação de Risco (FPR) para essas operações de 75% para 50%.
“Não estamos alterando limites. O impacto no FPR vai reduzir exigência de capital para conceder esse tipo de operação”, observou Ferreira. Quando reduzimos o requerimento de capital de uma operação tem potencial de crescimento, disse.
Ferreira ainda lembrou que os bancos estão mais criteriosos e conservadores na concessão de crédito e que, por isso, não há preocupação “com efeitos sistêmicos que essa medida poderia causar”. Ele afirmou ainda que por termos operações de crédito originadas dentro dos melhores padrões, houve possibilidade de retorno das medidas macroprudenciais para o modelo usado antes de 2010.
“As condições de crédito mudaram, havia excessos no sistema, alongamento excessivo e essa situação mudou. O potencial de risco sistêmico que se via antes (2010) não está se vendo hoje”, argumentou Ferreira.
Veículos
Com a mudança nas regras do compulsório o Banco Central também pretende estimular a venda de automóveis. Segundo Daso Coimbra, chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos, o objetivo é impulsionar as operações. Agora, para poder obter desconto nos depósitos compulsórios, as instituições terão de aumentar o saldo das operações em 20%. Se essa ampliação não ocorrer, a instituição não obtém o desconto.