Atual número 1 do mundo e em busca no nono título em Melbourne, o sérvio Novak Djokovic terá muito trabalho neste domingo na decisão do Aberto da Austrália. Nesta sexta-feira, na segunda semifinal do primeiro Grand Slam da temporada, conheceu o seu adversário, que será o russo Daniil Medvedev. O quarto colocado do ranking da ATP deu continuidade à sua incrível série de vitórias, que agora chegou a 20, ao fazer 3 sets a 0 no grego Stefanos Tsitsipas, sexto do mundo, com as parciais de 6/4, 6/2 e 7/5, em 2 horas e 9 minutos.
Aos 25 anos, Medvedev atinge a segunda final de Grand Slam da carreira. Depois de ter ficado com o vice no US Open de 2019, superado pelo espanhol Rafael Nadal em cinco sets, ele busca o primeiro título em torneios deste nível. Contra Djokovic, o russo tem um retrospecto desfavorável de duas vitórias e três derrotas. O sérvio de 33 anos tem 17 títulos de Grand Slam.
A série de vitórias de Medvedev começou no Masters 1000 de Paris, na França, no ano passado. Depois foi campeão do ATP Finals, em Londres. Já no início de 2021, ajudou a Rússia a ser campeã da ATP Cup em Melbourne, na semana anterior à disputa do Aberto da Austrália. Das 20 vitórias em sequência, 12 foram contra adversários que estão no Top 10 do ranking.
Com a campanha em Melbourne, já é certo que Medvedev vai assumir a terceira posição do ranking na semana que vem, pois ultrapassará o austríaco Dominic Thiem. E se for campeão, chegará à vice-liderança, deixando Nadal para trás. Já Tsitsipas, de 22 anos, iguala o melhor ranking da carreira ao ocupar o quinto lugar a partir de segunda-feira.
Medvedev terminou a partida com 17 aces e contra apenas três de Tsitsipas. O russo liderou com folga a estatística de winners por 46 a 19 e cometeu apenas 21 erros não-forçados contra 30 do grego. Além disso, conseguiu cinco quebras de saque em nove oportunidades e perdeu apenas um game de saque, tendo enfrentado apenas três break points no jogo inteiro.
TÍTULO – A belga Elise Mertens e a belarussa Aryna Sabalenka conquistaram nesta sexta-feira o segundo Grand Slam jogando juntas. Elas venceram a final da chave feminina de duplas contra as checas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/3. O título em Melbourne se junta ao US Open de 2019 e a outros três torneios da WTA – em Indian Wells e Miami, ambos nos Estados Unidos, em 2019, e em Ostrava, na República Checa, no ano passado.
Mas a conquista na Austrália representa também o fim da parceria. Sabalenka, que é a número 7 do mundo em simples e quinta colocada em duplas, disse que vai priorizar as competições individuais e não vai jogar mais Grand Slam de duplas este ano. Eventualmente, a belarussa atuará ao lado de Mertens em alguns torneios WTA 250 e WTA 500.
"Com certeza gosto de jogar em duplas", disse Sabalenka, de 22 anos e que chegou às oitavas de final de simples, superada pela americana Serena Williams. "Quero poupar energia e vou tentar algo diferente este ano. Quando você entra na chave duplas, você ainda está lá para competir e tem que dar tudo o que tem. Mas espero que se um dia eu tomar a decisão de voltar a jogar duplas, ela esteja comigo".
Mertens, que está com 25 anos, é a 16.ª colocada no ranking de simples e a sexta nas duplas e apoiou a decisão. "Ela pode tentar e veremos. Se ela ainda quiser jogar duplas, estou aqui". Exista e projeção, ainda não confirmada pela WTA, de que elas assumam a liderança do ranking de duplas.