As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) são negociadas nesta segunda-feira, 1, perto dos ajustes da última sessão, quando encerraram o mês de junho nos pisos históricos. Os juros abriram com viés de alta e depois marcaram mínima em leve baixa, com apoio do dólar fraco ante o real. O movimento de queda, entretanto, é contido – algo entre 0,01 e 0,05 ponto porcentual – e indica que o investidor decidiu aguardar novidades, especialmente sobre a reforma da Previdência nesta semana decisiva.
O Relatório de Mercado Focus, que trouxe queda nas projeções da Selic e do IPCA, ficou em segundo plano. Às 9h12, o DI para janeiro de 2020 exibia 5,96% ante 5,97% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 exibia 5,82% ante 5,84% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2023 estava em 6,61% ante 6,64% no ajuste de sexta-feira. E o DI para janeiro de 2025 exibia 7,08% ante 7,12% no ajuste de sexta-feira.
Sobre a PEC da Previdência, ainda há dúvidas sobre o texto que será apresentado. Até o momento há 69 pedidos de alteração do texto original na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Desse total, dois são do PSDB. O PSL decide nesta segunda se vai ou não propor mudanças. Até o início da votação do voto complementar, os partidos podem incluir ou retirar novos destaques. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tenta ainda nesta segunda reincluir os Estados e municípios na reforma. A leitura do voto complementar do relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), está prevista para o início da tarde de terça-feira.
O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic em 2018 foi de 5,75% para 5,50% ao ano. Há um mês, estava em 6,50%. Já a projeção para a Selic no fim de 2020 foi de 6,50% para 6,00% ao ano, ante 7,25% de quatro semanas atrás. A projeção para o IPCA também teve redução. Para 2019, a estimativa mediana do índice de inflação caiu de alta de 3,82% para 3,80%. Há um mês, estava em 4,03%. A projeção para o índice em 2020 foi de 3,95% para 3,91%. Quatro semanas atrás, estava em 4,00%.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o IPC-S encerrou junho com queda de 0,02%, ante alta de 0,22% em maio. O resultado do IPC-S em junho ficou acima do teto da pesquisa do Projeções Broadcast, de -0,03%. O piso era de -0,14% e a mediana de -0,07%.