Uma ampla coalizão de governos, indústria e indivíduos endossou a Declaração de Nova York sobre florestas, que tem o objetivo de acabar com o desmatamento no mundo. “Nós compartilhamos a visão de desacelerar, parar e reverter a perda florestal global, aprimorando simultaneamente a segurança alimentar para todos”, diz a declaração, que conclama os países a restaurar mais de 350 milhões de hectares de florestas – uma área maior que a Índia – o que “poderia trazer benefícios climáticos consideráveis e diminuir a pressão sobre as florestas primárias”, segundo o texto.
Combinadas, as ações propostas pela declaração, segundo o texto, poderiam evitar a emissão de 4,5 bilhões a 8,8 bilhões de toneladas de CO2 por ano até 2030. O número é equivalente à remoção de todo o dióxido de carbono produzido por 1 bilhão de carros que circulam hoje no mundo.
O desmatamento, segundo a declaração, tem uma contribuição significativa às mudanças climáticas globais, uma vez que as árvores, quando são queimadas para o desmatamento, liberam o carbono estocado em sua biomassa.
Limite
“Reduzir emissões de desmatamento e aumentar a restauração florestal será extremamente importante para limitar o aquecimento global a 2°C. As florestas representam uma das maiores soluções disponíveis para o clima atualmente – e também uma das mais efetivas em termos de custo”, diz o texto da ONU. “A ação para conservar, gerenciar de forma sustentável e restaurar as florestas poderá contribuir para o crescimento econômico, a mitigação da pobreza, a segurança alimentar, a resiliência climática e a conservação da diversidade biológica. Ela poderá ajudar a garantir o respeito aos direitos de povos indígenas, enquanto promove sua participação – e das comunidades locais – nas tomadas de decisões”, diz o documento.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.