Em assembleia na tarde desta terça-feira, 16, os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos aprovaram o layoff para até 1.500 trabalhadores e mais três meses de estabilidade no emprego para todos os funcionários da montadora.
Os funcionários terão seu contrato de trabalho suspenso por cinco meses, de junho a novembro, e receberão salários nesse período.
O acordo levou três meses de negociação, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, e diversas reuniões, inclusive na Justiça do Trabalho, em Campinas.
Os trabalhadores afastados sairão de licença de 5 de junho a 4 de novembro e receberão o salário integralmente, sendo parte paga pela montadora e parte pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Governo Federal.
A estabilidade aos trabalhadores está garantida até fevereiro de 2018. De acordo com a entidade, “foi uma importante conquista dos trabalhadores, já que a empresa vinha se recusando a acatar a reivindicação do Sindicato”.
Na planta de São José dos Campos a montadora emprega cerca de 5 mil trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer, além de motores e sistema de transmissão.
Ainda no acordo, há previsão de abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Segundo a General Motors, a unidade tem hoje cerca de 1700 trabalhadores excedentes em sua produção devido a retração do mercado. A montadora não comentou o resultado da assembleia.
Para esta semana está prevista uma reunião na Associação Comercial de São José dos Campos entre sindicalistas, empresários e o poder público para reivindicar da GM o investimento de R$ 2,5 bi para a planta, prometido em acordo entre a montadora e os trabalhadores em 2013, segundo informou a entidade que representa os metalúrgicos.