Estadão

Ministro chinês pede que reunião da Apec nos EUA seja cooperativa, sem confrontos

O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, apelou aos EUA nesta terça-feira, 26, que faça o possível para sediar um encontro cooperativo de líderes da Ásia e do Pacífico, criticando os que buscam alimentar um confronto entre democracia e autoritarismo.

Wang disse que a reunião de cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, pela sigla em inglês) em São Francisco, marcada para novembro, deve promover a cooperação, em vez de provocar embates, acrescentando que os EUA precisam ter espírito de igualdade e inclusão de forma a criar melhores condições para um encontro tranquilo.

"Devemos…nos opor à defesa da democracia versus autoritarismo e à imposição de nossos próprios valores e modelos aos outros", afirmou o ministro, no lançamento de um relatório do governo chinês com propostas para o que descreve como "comunidade global de futuro partilhado".

O presidente dos EUA, Joe Biden, tem procurado criar alianças e parcerias com outros países democráticos para se contrapor de maneira unificada à crescente influência geopolítica chinesa. A China é um Estado de partido único governado pelo Partido Comunista há mais de 70 anos.

A China tem tentado se posicionar como líder de nações menos desenvolvidas, com o argumento de que oferece uma alternativa ao que chama de "hegemonia ocidental".

A reunião da Apec é amplamente vista como uma oportunidade para que os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, se reúnam, enquanto seus países administram suas turbulentas relações bilaterais, se o líder chinês comparecer à cúpula.

Xi decidiu não prestigiar uma recente reunião do G20 na Índia, e Wang não se comprometeu ao ser perguntado se o presidente chinês participaria do encontro da Apec.

"Estamos nos comunicando com todos os envolvidos e faremos um anúncio oficial no devido tempo", disse o ministro. Fonte: <i>Associated Press</i>.

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