Diante da revelação, feita nesta quinta-feira com exclusividade pelo GuarulhosWeb, sobre a confirmação pela Prefeitura de Botucatu da falsidade do Atestado de Capacitação Técnica apresentado pelo Consórcio Robotx para se habilitar na licitação para a contração de empresa para repelir pombos das escolas municipais por R$ 9,5 milhões, a reportagem enviou no início da tarde deste dia 18 uma série de questionamentos para o secretário municipal de Educação, Moacir de Souza.
Moacir deveria ter ido à reunião da Comissão de Educação na Câmara Municipal às 11h desta quinta-feira, justamente para defender o contrato dos pombos. No entanto, apesar de ter confirmado a presença, não apareceu, enviando um diretor da Pasta em seu lugar, com a determinação de não atender a reportagem do GuarulhosWeb.
O GuarulhosWeb apurou que Moacir passou o dia reunido com assessores em um escritório político, na região central, fora da Secretaria de Educação. Em pauta, estava justamente a rescisão do contrato, que estaria sendo exigido por outros secretários municipais. Até o prefeito Sebastião Almeida (PT) foi aconselhado a romper o contrato, mas Moacir estaria irredutível na defesa de sua manutenção.
O diretor presente na reunião na Câmara, depois de falar ao telefone, disse ao GuarulhosWeb que não iria responder qualquer pergunta e que possíveis questionamentos deveriam ser enviados por escrito à assessoria da Pasta. Isto foi feito. O GuarulhosWeb deu um prazo para receber as respostas até às 17h de quinta-feira. Depois, nesta manhã, por telefone, cobrou as respostas dando um prazo maior. Mas mais uma vez nenhuma resposta.
Abaixo seguem as perguntas que Moacir não respondeu:
A partir das revelações feitas pelo GuarulhosWeb nesta quinta-feira, gostaríamos das seguintes respostas por parte do secretário municipal de Educação, Moacir de Souza:
– Como a Secretaria Municipal de Educação recebe a informação de que a Robotx nunca prestou serviços à Prefeitura de Botucatu, confome consta no processo de habilitação para participar da licitação?
– O que a Secretaria tem a dizer sobre a afirmação que um dos atestados apresentados não tem validade, já que foi assinado por pessoa não habilitada e também porque a empresa não prestou serviços àquela municipalidade?
– A Secretaria entende que foi enganada?
– O que pode ser feito?
– O contrato será mantido? Se sim, por que? Se nao, por que?
– O fato de a empresa do titular do consórcio ter título protestado implica em algum problema para a continuidade do contrato?
– O secretário, que várias vezes defendeu pessoalmente o contrato, pode rever essas posições diante das evidências apresentadas?