A Petrobras disponibilizou na manhã desta quinta-feira, 19, o modelo preliminar de parcerias na área de refino que apresentará durante evento no Rio. A estatal propõe a realização de parcerias em 2 blocos regionais com dimensão relevante no mercado. No Nordeste, incluiria a Refinaria Abreu e Lima (RNEST) e a Refinaria Landulpho Alves (RLAN), e no Sul, a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR) e Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP).
Na parceria no Nordeste, a Petrobras ficaria com participação de 40% e uma outra empresa, com 60%. Os ativos desse negócio seriam, além das duas refinarias (RNEST e RLAN), cinco terminais. A parceria no Sul teria a mesma participação de cada companhia e, além das duas refinarias (REPAR e REFAP), sete terminais. No restante do País, a Petrobras manteria 100% de participação em nove refinarias e 36 terminais.
A busca dos parceiros, segundo a Petrobras, seria por meio de processo competitivo, com empresas diferentes por bloco.
A estatal propõe essa criação de parcerias em blocos geográficos porque, segundo ela, “garante dinâmica de mercado, reduzindo o risco de competição predatória”. De acordo com a Petrobras, o modelo mais interessante seria o de polos integrados, que permitiriam poder de precificação regional; captura da margem integrada; acesso privilegiado ao mercado regional; logística e refino.
Segundo a Petrobras, um modelo com transferência do controle, onde a empresa teria participação minoritária, parece mais atrativo para atingir os objetivos estratégicos. Com a participação minoritária, haveria a inclusão de dois novos operadores no sistema, além de um prêmio de controle com captura positiva para o Ebitda.
O modelo será apresentado durante o seminário técnico “Reposicionamento da Petrobras em Refino”, que acontece nesta quinta-feira, desde o período da manhã, na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Em comunicado publicado praticamente junto com a apresentação que fará no evento, a estatal esclarece que este modelo ainda não conta com a aprovação formal de seus órgãos de governança (Diretoria Executiva e Conselho de Administração).
Segundo a empresa, a busca de parcerias na área de refino foi aprovada no Planejamento Estratégico e no Plano de Negócios e Gestão de 2017-2021 e reforçada no PNG 2018-2022. A estratégia visa reduzir o risco da Petrobras, agregando valor na atuação em E&P, refino, transporte, logística, distribuição e comercialização por meio de parcerias e desinvestimentos.