O dólar operou em baixa nesta quarta-feira, 30, ante moedas rivais, em sessão marcada por comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, pela revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e pela divulgação do Livro Bege.
O índice DXY caiu 0,93%, aos 105,950 pontos e registrou queda mensal de 5%, a maior para um mês desde 2010, segundo análise da Convera. Ao fim da tarde, o dólar recuava a 137,82 ienes, o euro subia a US$ 1,0417 e a libra avançava a US$ 1,2072.
Hoje, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que a autoridade monetária americana não pretende apertar demais as condições financeiras dos Estados Unidos, visto que não há previsão de um corte de juros em breve. Powell ainda sinalizou um ritmo mais moderado nas altas nas taxas de juros.
Já o Livro Bege, publicado hoje pelo Fed, indicou que os juros e a inflação continuam pesando sobre a atividade econômica dos Estado Unidos, o que vem aumentando a incerteza e o pessimismo em relação às perspectivas. Apesar desse diagnóstico, mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA indicou que o PIB dos EUA cresceu 2,9% no terceiro trimestre de 2022, número melhor que o esperado, o que pode ajudar a desvalorizar a moeda americana.
No caso do euro, a Conversa destaca que, mesmo com a inflação da zona do euro mais baixa, a moeda conseguiu permanecer mais forte. A expectativa é que, com a taxa inflacionária ainda acima da meta de 2%, o Banco Central Europeu (BCE) siga aumentando juros, mas a um ritmo menor, o que, segundo análise, limitaria a moeda da União Europeia.
Já a libra esterlina teve seu maior ganho mensal desde 2020, segundo a Convera, principalmente em meio à desvalorização do dólar e com o aumento de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).