Estadão

Moedas: índice DXY do dólar avança, com euro sob pressão após dados da Europa

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu nesta quinta-feira, 23, com o euro sob pressão após indicadores modestos da região. Mesmo que um dado dos Estados Unidos tenha frustrado as expectativas, o índice subiu, com investidores monitorando declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e a perspectiva de mais aperto monetário no país.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 134,94 ienes, o euro recuava a US$ 1,0533 e a libra tinha alta a US$ 1,2270, esta praticamente estável. O índice DXY registrou alta de 0,55%, a 104,769 pontos.

Na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) recuou a 51,9 em junho, na mínima em 16 meses, segundo a S&P Global. Para a Pantheon, o dado de hoje apontou para crescimento modesto no trimestre atual na zona do euro, de cerca de 0,5%, enquanto a Capital Economics já via quadro de "estagflação", com piora do setor de serviços.

Nos EUA, o PMI composto recuou a 51,2 em junho. Neste caso, o Citi vê chance de recessão leve no país, o que para o banco pode ajudar a controlar a inflação.

Na avaliação da Western Union, os sinais de desaceleração econômica global apoiaram as compras de dólar hoje. Entre os dirigentes do Fed, o presidente, Jerome Powell, reafirmou o compromisso de combater a inflação. Powell vê a economia americana ainda forte, embora não tenha descartado o risco de recessão, diante do aperto monetário esperado e de outras incertezas, como os preços no setor de energia. Diretora do Fed, Michelle Bowman considerou que pode ser "apropriada" uma alta de 75 pontos-base nos juros em julho.

Entre outras moedas em foco, o dólar caía a 20,0315 pesos mexicanos, não muito distante da estabilidade, no horário citado. A moeda do México oscilou na mesma faixa, após o banco central local elevar a taxa básica de juros em 75 pontos-base, a 7,75%, como esperado por analistas.

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