O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,78% em fevereiro ante janeiro, estimou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. O indicador, divulgado nesta quinta-feira, 20, antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
“Na comparação com o trimestre terminado em novembro de 2016, o PIB do trimestre findo em fevereiro, cresceu 0,15%, sendo esta a primeira taxa positiva após oito trimestres negativos consecutivos”, observou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial. O PIB do mês de fevereiro totalizou cerca de R$ 530,460 bilhões em valores correntes.
A taxa trimestral móvel do PIB até fevereiro teve queda de 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesse tipo de comparação, o PIB mantém redução no ritmo de queda desde janeiro de 2016, quando teve retração de 6%. No setor industrial, a única variação negativa foi da atividade de construção (-7,0%), enquanto que no setor de serviços, apenas serviços imobiliários (+0,1%) e administração pública (+0,1%) apresentaram variações positivas.
Entre os componentes da demanda, o consumo das famílias recuou 2,0% no trimestre encerrado em fevereiro, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) encolheu 3,1% no período. Segundo a FGV, há melhora em máquinas e equipamentos, mas a construção tem intensificado sua contribuição negativa para a taxa trimestral interanual da FBCF.
A exportação teve queda de 3,0% no trimestre terminado em fevereiro, em comparação ao mesmo trimestre em 2016, puxada pelos bens intermediários e bens de capital. Já a importação cresceu 12,2% no mesmo período, embora o desempenho de bens de capital permaneça negativo.