Cidades

Moradores devem tomar as próprias providências

Com água nas torneiras ou não, todo mês o consumidor guarulhense tem a conta do Saae para pagar.

Mas na hora de cobrar solução é obrigado a ouvir que a população precisa tomar suas providências, com uma série de orientações. A autarquia entende que “os impactos dos períodos sem água pela rede são minimizados se os imóveis possuírem caixa d’água com volume adequado para a quantidade de moradores (de acordo com a norma técnica e o Código de Posturas do Município, os imóveis devem possuir reservatórios para, pelo menos, 24 horas de consumo) e os pontos de abastecimento, como descarga, torneiras e chuveiros, estiverem ligados diretamente à caixa-d’água e não à rede pública de abastecimento.”

No início dos anos 2000, quando o PT chegou ao poder em Guarulhos e o atual prefeito Sebastião Almeida assumiu o comando do Saae, havia em Guarulhos um movimento de grande expansão imobiliária e hoteleira. Na época, o município contava com 1.027.717 habitantes, segundo o IBGE. A cidade, em diversos bairros da região central e também da periferia, assistia a terrenos antes vazios ou ocupados por construções antigas darem lugar a uma série de edifícios residenciais, comerciais, além de novos hotéis. Anunciava-se uma nova fase de desenvolvimento.

Mais de 13 anos se passaram, o PT já está em seu quarto mandato à frente da cidade que já tem uma população com mais de 1,3 milhão de habitantes e os problemas são os mesmos – e até piores – que na virada do século. O abastecimento de água não cresceu na mesma proporção do número de moradores. Aliás, o Saae não dá essa informação. Apenas diz que está trabalhando para minimizar os problemas, como se isso fosse a postura esperada pela população. 

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