Morador de Guarulhos, Celso Araujo Sampaio de Novais, morreu neste sábado no Hospital Geral do Cecap aos 41 anos. Um dia antes, na sexta-feira, ele estava no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na área de desembarque do Terminal 2 aguardando por um passageiro. Mas foi atingido por tiro nas costas, durante a execução do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzback, envolvido com o PCC.
Atendido no local, ainda consciente foi conduzido em uma ambulância para o Hospital Geral. Em um vídeo bastante rápido, informou à esposa Simone Novais, que havia sido baleado. “Ele fala assim: ‘levei um tiro, estou na ambulância. Aí, depois do vídeo, eu liguei em seguida. No que eu liguei, já deu caixa postal, né?”. Mas foi só isso. Os dois não se comunicaram mais.
Quarenta e cinco minutos antes do ataque, na mesma sexta-feira, o casal tinha conversado. Eles tinham combinado de comer sushi naquela noite.
Segundo Simone, um amigo dele que estava acompanhando Celso na ambulância ligou e falou o que tinha acontecido: “Teve um tiroteio aqui no aeroporto e eu estou na ambulância. Ele foi baleado e está perdendo muito sangue. Aí, ele falou estou indo para o hospital geral e eu já desliguei e falei que estava indo para lá também. Aí, quando eu cheguei lá, ele já estava em cirurgia. Eu já não vi mais ele vivo. Fiquei com ele o tempo todo na UTI, me deixaram ficar lá, mas aí já não acordou mais”, completa.
Os dois eram casados há 21 anos e tinham três filhos, de 20, 13 e 3 anos.
Um amigo de Celso disse que ele era motoristas de aplicativo, mas havia aberto uma MEI para atuar como motorista particular. Segundo contou, ele havia ido ao Aeroporto para buscar um cliente nesta condição. Neste domingo, amigos da família organizaram uma “vaquinha” para realizar o sepultamento de Celso. O enterro do motorista está previsto para ocorrer nesta segunda-feira (11).