A parceria entre Roma e José Mourinho reergueu a dupla no futebol europeu. Sob o comando do treinador português, a equipe romanista venceu o Feyenoord por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Estádio Nacional de Tirana, capital da Albânia, e conquistou o título da primeira edição da Liga Conferência. Assim, encerrou um período sem títulos iniciado em 2008, após conquista da Copa da Itália.
A conquista, primeira da Roma em um torneio organizado pela Uefa, também foi importante para Mourinho, que não celebrava um título desde 2017, quando foi campeão da Liga Europa como treinador do Manchester United. Foi a quinta vez que o português venceu uma competição europeia. Além da taça desta quarta, ele tem duas Ligas do Campeões (Porto e Inter de Milão) e duas Ligas Europas (Porto e Manchester United).
A Liga Conferência, criada nesta temporada, prevê a classificação do vencedor à próxima Liga Europa, mas a Roma já se classificou pelo Campeonato Italiano. Por isso, o Feyenoord, que ficou em terceiro no Holandês e teria que disputar as classificatórias, herda a vaga.
O clima de festa em Tirana ficou de lado na noite anterior à partida e deu lugar à violência. Torcedores brigaram em diferentes pontos da cidade e protagonizaram confrontos com pedras, garrafas e paus. Segundo a imprensa local, policiais ficaram feridos, viaturas foram destruídas e pelo menos 60 prisões foram efetuadas. A maioria dos presos eram italianos.
Nesta quarta, no estádio, as torcidas formaram outro tipo de cenário, colorido e preenchido por cânticos de apoio aos times. Dentro de campo, contudo, a animação perdia para a tensão de estar disputando uma final, por isso o primeiro tempo não foi de grandes lances. A Roma lamentou a saída de Mkhitaryan, lesionado, ainda aos 17 minutos, mas terminou o primeiro tempo satisfeita após abrir o placar aos 31 minutos, com um toque de Zaniolo por cima do goleiro Bijlow, dentro da área.
Com a vantagem no placar, o time de Mourinho voltou para o segundo tempo recuando a marcação e cedendo o campo ao adversário, que achou espaços e colocou Rui Patrício para trabalhar. O goleiro romanista precisou fazer duas grandes defesas, em finalizações de Til e Malacia, ainda nos cinco minutos iniciais.
A pressão do time holandês não foi sustentada durante toda a etapa final, mas ressurgiu em alguns momentos pontuais, não aproveitados na hora da conclusão. A Roma, por sua vez, teve poucas chances de ampliar o placar e garantiu o importante título graças ao bom desempenho defensivo. Tudo certo para a torcida, que fez uma linda festa para celebrar a tão sonhada conquista.