Economia

MTST queima boneco de Cunha durante protesto em frente ao Congresso Nacional

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizaram na tarde deste domingo, em Brasília, protesto contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cerca de 200 pessoas, de acordo com o movimento, partiram do terminal rodoviário da capital federal e caminharam pelo Eixo Monumental até o gramado em frente ao Congresso Nacional. No local, incendiaram um boneco do peemedebista feito por eles.

Diferente do último protesto, a manifestação do MTST deste domingo é pacífica. No último dia 28 de outubro, quando protestavam contra a aprovação do projeto que tipifica o crime de terrorismo, eles entraram em confronto com manifestantes do Movimento Brasil Livre (MBL) que estão acampados no gramado desde a semana retrasada, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, houve bate-boca e empurra-empurra.

Cunha é alvo de representação no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de mentir na CPI da Petrobras, ao dizer que não tinha contas secretas na Suíça. Documentos do Ministério Público suíço, contudo, confirmam que ele e sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, possuem contas bancárias, por meio das quais teriam recebido dinheiro de propina. Cunha também é investigado por ter patrimônio não declarado no exterior.

Churrasco

Neste domingo pela manhã, integrantes do Movimento Brasil Livre fizeram um churrasco no acampamento montado em frente ao Congresso. Eles assaram picanha e costela em churrasqueira montada no próprio gramado. Alguns manifestantes tentaram impedir o registro do churrasco por repórteres fotográficos e chegaram a hostilizar jornalistas.

Apesar de autorizado pelo presidente da Câmara, o protesto do MBL fere ato do Congresso de 2001 que proíbe a montagem de tendas no gramado da Casa. Pela assessoria de imprensa, Cunha disse que autorizou o protesto como “autorizaria qualquer outro movimento que não esteja sob riscos de segurança, nem coloquem em risco as pessoas que circulam pelo local, respeite o patrimônio público, as normas de trânsito e não tenha natureza hostil”.

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