O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta quinta-feira, 18, que a mudança da política operacional da instituição envolverá a “revisão de condições de taxas”, mas não forneceu detalhes sobre essa revisão nem confirmou se isso significará aumento de juros para determinadas linhas de empréstimos. “Estamos concretizando, então não posso adiantar”, disse na capital gaúcha, após participar do lançamento de um estudo sobre desenvolvimento na Região Sul.
Coutinho também reforçou que a mudança com as novas diretrizes do governo federal será divulgada ainda este ano. “Nós iremos anunciar a política, mas ainda estamos concluindo as tratativas”, disse.
Durante seu pronunciamento no evento, ele afirmou que os desafios de conjuntura pelos quais o País vai passar no curto prazo podem “ser endereçados com êxito” num período de fortalecimento da dimensão fiscal. Segundo ele, os ajustes são necessários e têm como objetivo maior a “retomada” do projeto de desenvolvimento.
Depois, perguntado sobre as possíveis consequências da nova realidade para o trabalho do BNDES, Coutinho disse que fragilidade fiscal não ajuda o crescimento nem a sustentação do crescimento. “Temos que pensar a médio e longo prazo, e não no curto prazo”, avaliou. “Estou falando em trajetórias de longo prazo, e desse ponto de vista processos de fortalecimento (fiscal) são benignos. São favoráveis à retomada de uma trajetória de crescimento com sustentação em todos os campos.”
