O Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou a periodicidade de entrega do Relatório de Controle Interno das Instituições Financeiras ao Banco Central. O envio, que era semestral, passará a ser anual, segundo informou o BC. “Essa mudança está no contexto do programa Otimiza BC, que tem intenção de fazer revisão geral no que chamamos de custos que as instituições financeiras têm e que a regulação acaba acarretando para o sistema financeiro”, explicou o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Julio Carneiro. “Os custos não necessariamente são ruins, é uma necessidade”.
O Banco Central avaliou que o envio do relatório pode ser feito anualmente, sem prejuízos, segundo Carneiro. O relatório é encaminhado pelas instituições ao Banco Central e contém recomendações a respeito das deficiências encontradas nas auditorias, de forma que a autoridade possa acompanhar o trabalho da auditoria interna.
O CMN também ampliou para mais instituições financeiras a possibilidade de usar serviço de auditoria interna da associação de classe ou de outra instituição financeira. Até agora, a permissão valia para cooperativas de crédito, sociedades corretoras de câmbio e sociedades corretoras ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
Com a mudança aprovada, também podem utilizar essa opção: sociedades de arrendamento mercantil, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte e companhias hipotecárias.