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Mulheres de PMs de Minas marcam manifestação nesta sexta por reajuste

Mulheres de policiais militares de Minas Gerais marcaram para esta sexta-feira, 10, uma manifestação à frente do 5º Batalhão da corporação, no bairro Gameleira, na região oeste da capital.

O protesto é por reajuste salarial e tenta ganhar força com o momento vivido pelo Estado vizinho, o Espírito Santo, onde desde a última sexta-feira, 3, mulheres de policiais militares acampam na portão dos batalhões, o que estaria impedindo a saída dos guardas para patrulhamento das ruas. Também no Espírito Santo, a manifestação é por aumento de salário.

O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), ex-policial militar, afirma que a insatisfação das tropas é grande. “Amanhã vamos discutir o que será feito”, afirmou o parlamentar, que faz oposição ao governador Fernando Pimentel (PT).

Já o deputado estadual Cabo Júlio (PMDB), que faz parte da base do governo, acredita que a manifestação será um fracasso. “São mulheres de policiais reformados, que já não estão nas ruas há muito tempo.

Além disso, não irão nem dez pessoas a essa manifestação”, disse.

No início do ano, o governador Fernando Pimentel trocou o comandante da Polícia Militar. O coronel Helbert Figueiró de Lourdes assumiu o cargo em substituição a Marco Antônio Badaró Bianchini que, conforme informações do governo de Minas, se licenciou da carreira.

Na terça-feira, 7, e na quarta, 8, Pimentel esteve nas cidades de Ipatinga (Vale do Aço), Governador Valadares (Leste) e Teófilo Otoni (Vale do Mucuri), entregando viaturas para batalhões da PM. As três cidades estão na porção leste de Minas, que faz divisa com o Espírito Santo. Na passagem pela região, fez fotos com policiais, que foram postadas nas redes sociais, e elogiou a corporação. Disse ainda não querer que a situação vivida pelo Estado vizinho se repita em Minas.

“Nós temos a melhor Polícia Militar do Brasil. Isso é um patrimônio de Minas Gerais. Temos de manter assim. Uma polícia bem equipada, bem organizada, motivada e bem remunerada”, disse. “Nós estamos assistindo em Estado vizinho nosso, irmão nosso, que é o Estado do Espírito Santo, cenas terríveis de violência, de colapso do serviço público de segurança. Não estamos aqui atribuindo culpa, mas é um quadro devastador, que não queremos que se repita em lugar nenhum, principalmente em Minas Gerais”, disse.

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