Em seu último discurso na Assembleia-Geral da ONU, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, defendeu nesta terça-feira, 19, uma reforma do sistema financeiro global, sob o argumento de que o modelo vigente impõe políticas econômicas ortodoxas que, segundo ele, aprofundam as desigualdades sociais.
Fernández, que não concorre à reeleição no pleito presidencial deste ano, exortou a comunidade internacional a trabalhar em uma nova estrutura para ditar a gestão de dívidas soberanas.
O líder argentino criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI) por subir os juros cobrados em seus empréstimos todas as vezes que os Estados Unidos apertam a política monetária nacional. Na gestão de Fernández, o país latino-americano fechou uma reestruturação dos débitos que mantém com o FMI, em troca de compromissos fiscais.
Fernández também voltou a alegar que as Ilhas Malvinas são "direito legítimo e soberano" da Argentina. O território, conhecido em inglês como Falklands, é governado pelo Reino Unido, apesar das reivindicações argentinas. "Lamentamos que o Reino Unido se recuse a negociar", disse.
Entre outros temas geopolíticos, Fernández exortou os Estados Unidos a removerem as sanções em vigor contra a Venezuela e a suspenderem o bloqueio comercial contra Cuba.