O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira durante entrevista à <i>Fox Business</i> que não perderá tempo em um debate virtual contra seu rival na corrida à Casa Branca, Joe Biden. O comitê que organiza os debates presidenciais no país anunciou que a segunda edição do evento, marcada para a próxima quinta-feira, 15, ocorrerá em formato virtual, já que o republicano foi diagnosticado com o novo coronavírus na sexta-feira passada. "Não há razão para debate virtual, estou bem de saúde", afirmou Trump.
Segundo o presidente, ele já está "bem o suficiente", inclusive, para participar de comícios e não estaria mais transmitindo a covid-19. "As pessoas querem me abraçar, me beijar. Não vou dizer para não fazerem", declarou, durante a entrevista. Autoridades de saúde, no entanto, recomendam quarentena de catorze dias a quem testar positivo para a doença, que já deixou mais de 200 mil mortos e 7,5 milhões de doentes nos EUA.
Ainda sobre a questão eleitoral, Donald Trump afirmou que o voto por correio é um problema maior do que a China ou a Rússia para os EUA. Ele também disse que não acredita em pesquisas eleitorais – os levantamentos têm apontado vantagem de Joe Biden nas intenções de voto.
O mandatário aproveitou o espaço na <i>Fox Business</i> para criticar Kamala Harris, candidata à vice-presidente na chapa democrata. "Ela é mais que socialista, é comunista. Está muito à esquerda de Bernie Sanders", disparou. Autointitulado socialista democrático, Sanders foi pré-candidato à presidência do país em 2016 e em 2020.
Trump também repetiu, durante a entrevista que durou aproximadamente uma hora, que os mercados acionários terão um "crash" se Biden for eleito e reiterou que pretende impor novas tarifas à China, caso conquiste um novo mandato.