O líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC-SE), afirmou nesta terça-feira, 13, que não tinha outra escolha a não ser se abster na votação do pedido de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na noite dessa segunda-feira, 12.
“Não tinha outra alternativa”, justificou Moura ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, ao ser indagado sobre seu voto. O peemedebista fluminense teve o mandato cassado por 450 votos favoráveis, 10 contrários e outras nove abstenções. Faltas e abstenções contaram a favor de Cunha.
Moura era aliado de primeira hora de Cunha, tendo atuado como interlocutor do deputado agora cassado com o governo Dilma Rousseff quando o peemedebista era presidente da Câmara. Ele chegou ao posto de líder do governo Michel Temer na Câmara por articulação de Cunha.
Para não passar a mensagem de que o governo Temer estava se envolvendo na votação de Cunha, Moura se recolheu. Passou praticamente toda a sessão em seu gabinete e só veio ao plenário na hora da votação. Logo em seguida, deixou o local.