O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta terça-feira, 3, durante as comemorações dos 70 anos da estatal, que os desafios que a empresa está enfrentando agora, com a transição energética, são tão grandes como quando começou a buscar petróleo no País, em 1953. De acordo com Prates, após anos de tentativas de esvaziamento da empresa, a Petrobras está retomando o seu papel de impulsionar o desenvolvimento do País.
"Acreditamos no potencial dessa companhia para impulsionar o Brasil. Enxergamos o desafio da redução de emissões como mais uma vez sermos pioneiros dessa indústria nacional", disse ele, durante discurso em comemoração ao aniversário da estatal, referindo-se aos investimentos em energia renovável indicados pela companhia de forma inédita este ano.
Ele reforçou que a Petrobras vai continuar procurando e produzindo petróleo, mas que vai investir em energia eólica offshore, hidrogênio verde, armazenagem etc.
"Vamos fazer tudo isso mantendo nosso DNA ", disse o executivo.
Prates ressaltou que começou a carreira como estagiário da área internacional da Petrobras, a Braspetro, partindo posteriormente para a iniciativa privada.
<b>Margem Equatorial</b>
O presidente do Conselho de Administração da Petrobras e secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de MInas e Energia, Pietro Mendes, aproveitou a comemoração dos 70 anos da companhia para dizer que a estatal tem todas as condições de explorar a Margem Equatorial brasileira, para garantir a reposição e o aumento das suas reservas de petróleo, "que ainda tem muitos anos de vida de uso".
Ele representou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no evento.
Segundo Mendes, a Petrobras após quatro anos sendo reduzida, será fortalecida diversificando as áreas onde atua, como fertilizantes, petroquímica e energia renovável.
"Vamos promover uma transição energética justa e inclusiva", disse Mendes, durante a celebração do aniversário da empresa, realizada no Centro de Pesquisas (Cenpes) da companhia, no Rio de Janeiro.