O nível do sistema Cantareira iniciou o mês de agosto estável em 18,7%, segundo o boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O volume do manancial, que atende a cerca de 5,2 milhões de pessoas, considera as duas cotas do volume morto em relação ao volume útil do sistema. Nas últimas 24 horas a pluviometria foi de apenas 0,2 mm.
Levando-se em conta as demais medidas do sistema, houve recuo do nível de armazenamento. Pelo cálculo que leva em conta o volume armazenado dividido pela soma do volume útil com as duas cotas de reserva técnica, o sistema caiu de 14,5% para 14,4%. Já considerando o índice negativo do sistema, que passou a ser divulgado pela Sabesp desde 16 de abril deste ano, após determinação judicial, o nível do Cantareira saiu de – 10,5% para -10,6% hoje.
Guarapiranga
Atualmente o responsável por abastecer o maior número de pessoas na capital paulista e na região metropolitana, em razão da crise no Cantareira, é o Guarapiranga, que, sem chuvas no dia, o nível registrou queda de 0,3 ponto porcentual, passando a operar com 76,1% da capacidade.
Todos os demais sistemas registraram queda do nível de armazenamento. O sistema Alto Tietê viu seu nível de armazenamento cair de 18,3% ontem para 18,2% hoje, o Alto Cotia de 61,7% para 61,2%, o Rio Grande de 89,5% para 89,2% e o Rio Claro de 71,9% para 71,7%.
31/07/2015 11:15:53 – EMPRESAS E SETORES
CANTAREIRA REGISTRA CHUVA ABAIXO DA MÉDIA PELO 4º MÊS SEGUIDO
São Paulo, 31/07/2015 – Pelo quarto mês consecutivo, o Sistema Cantareira, considerado o principal manancial de São Paulo, recebeu menos chuvas do que o previsto. Segundo dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume armazenado nos últimos 31 dias chegou a 43,9 milímetros, o que representa 87,8% da média histórica para o período. Em junho, maio e abril a pluviometria também ficou abaixo da expectativa.
Responsável por atender 5,4 milhões de pessoas na capital e na Grande São Paulo, o conjunto de represas teve queda de 0,1 ponto porcentual nesta sexta-feira, e opera com 18,7% da capacidade. Não choveu sobre a região nas últimas 24 horas.
Ao longo do mês, o Cantareira perdeu 1,2 ponto porcentual. No dia 30 de junho, os reservatórios estavam com 19,9% do volume de água represada. Considerando todo o período, o sistema registrou alta apenas uma vez, no dia 27, quando subiu de 18,8% para 18,9%.
Já o índice negativo do sistema, que calcula o volume armazenado menos a reserva técnica pelo volume útil, se manteve estável em -10,5%. As duas cotas de volume morto, de 182,5 bilhões de litros de água e de 105 bilhões, foram adicionadas no ano passado.
Outros mananciais
Assim como o Cantareira, o Sistema Rio Claro não atingiu a média pluviométrica para julho e acumulou 90,6 milímetros de água. Nas últimas 24 horas, o manancial caiu de 72% para 71,9%.
O Sistema Guarapiranga, que abastece 5,8 milhões de pessoas, caiu pelo quarto dia seguido, passando de 76,5% para 76,4%. Por outro lado, a pluviometria do mês, que continua em 88,4 milímetros, supera o total previsto para julho, que é de 42,1 milímetros.
O Alto Tietê teve queda de 0,1 ponto porcentual e está em 18,3%, com pluviometria acumulada de 57,4 milímetros. A média para julho é de 49,4 milímetros. O manancial opera com auxílio de um volume morte de 39,4 bilhões de litros de água.
O Sistema Rio Grande também recebeu mais chuvas do que o esperado e fechou o mês com 68,4 milímetros, enquanto a média histórica é de 56,5 milímetros. O nível do manancial, no entanto, caiu de 89,6% para 89,5% nesta sexta-feira. (Camila Santos, especial para AE)