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Nordeste sente frustração em relação a Dilma, diz Campos

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) disse que, até o fim de agosto, o cenário da preferência do eleitorado vai mudar muito na região Nordeste, onde o PT e a presidente Dilma Rousseff possuem historicamente larga vantagem nas últimas eleições. “Quando as pessoas se ligarem, vai haver uma queda dela”, disse durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, portal UOL, Jovem Pan e SBT.

O Nordeste tem um sentimento ruim, de frustração com relação ao governo da presidente Dilma”, frisou, voltando a dizer que seus índices de intenção de voto irão crescer naquela região, à medida que os eleitores tomarem conhecimento de sua candidatura. “Creio que vou ganhar as eleições no Nordeste.”

Ao falar da região, Campos citou obras importantes “que estão atrasadas por responsabilidade do governo federal”, como a ferrovia Transnordestina. Apesar da crítica, ele isentou de responsabilidade o ministro Fernando Bezerra, de seu partido, que foi um dos comandantes da pasta da Integração Nacional no governo Dilma.

“A responsabilidade é da Dilma, do seu governo, a Transnordestina foi paralisada, é uma obra que pode interligar os portos de Pecém e Suape”, criticou, e defendeu o ministro de seu partido: “Uma obra só é liberada com licenciamentos, com recursos. O ministro não é responsável por tudo”, recebendo aplausos da plateia presente à sabatina.

Campos classificou ainda como “terrorista” a campanha que o PT faz no Nordeste dizendo que a oposição acabará com o Bolsa Família. “Há uma campanha terrorista sendo feita sistematicamente dizendo que eu ou Aécio (Neves, candidato do PSDB à Presidência da República) vamos acabar com o Bolsa Família”, disse.

Sobre a Copa do Mundo, o socialista disse que “é preciso ter regras para que haja uma renovação no futebol, falta uma atitude nisso, falta um marco legal”. E defendeu que haja um debate consensual no País para melhorar o futebol, “que é um esporte muito querido.” Ao falar do mundial de futebol, ele destacou que após o seu final, a população quer mesmo é saber da “Copa da vida real”, da saúde, da educação, do salário e do emprego. “É a hora de pensar o Brasil.”

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