O prefeito de Nova York anunciou nesta quarta-feira, 18, que as escolas públicas da cidade, frequentadas por 1,1 milhão de crianças e jovens, voltarão a fechar as portas a partir da quinta-feira devido ao avanço do novo coronavírus. As escolas desse que é o maior sistema público dos Estados Unidos foram reabertas há apenas oito semanas.
"Nova York alcançou o umbral de uma média de 3% de testes positivos durante sete dias. Infelizmente, isso significa que os prédios das escolas públicas estarão fechados a partir de amanhã, quinta-feira, 19 de novembro, por precaução", disse o prefeito Bill de Blasio em sua conta no Twitter. "Devemos lutar contra a segunda onda de covid-19", acrescentou.
A medida talvez seja o revés mais significativo para a recuperação de Nova York desde o primeiro semestre, quando a cidade foi o epicentro global do surto.
O diretor de escolas do sistema municipal, Richard Carranza, afirmou que as aulas serão oferecidas somente de maneira remota até segunda ordem.
A medida é questionada por muitos nova-iorquinos que destacam que o índice de exames positivos nos estabelecimentos de ensino desde a sua reabertura, em setembro, é muito inferior ao índice médio da cidade.
Outros se perguntam por que fechar escolas, com os malefícios que isso acarreta para as crianças, se ainda é permitido comer em bares e restaurantes, embora com lotação reduzida.
O prefeito, porém, prometeu ao poderoso sindicato dos professores fechar os estabelecimentos caso o índice de infecção chegasse a 3% durante sete dias.
Nova York, que foi o epicentro da pandemia de coronavírus nos EUA em abril e maio, registrou mais de 34 mil mortes por covid-19. Embora a cidade e até mesmo o Estado tenham uma taxa menor de casos positivos do que a maior parte do país, o número de casos está aumentando. (Com agências internacionais)