O chamamento público para reforma e modernização do Complexo do Anhembi, na zona norte da capital paulista, recebeu inscrições de 19 grupos empresariais nacionais e estrangeiros. Pelos estudos preliminares, o setor privado pretende ampliar o funcionamento para 24 horas, transformando a área de 300 mil m² em “minicity”, com grandes restaurantes, lojas de grife e espaço infantil. Com a novidade, a estimativa da Prefeitura para o investimento privado subiu para R$ 2 bilhões.
Os detalhes das empresas serão publicados hoje no Diário Oficial da Cidade. “Os projetos virão mais fortes (do que se esperava inicialmente)”, adiantou ao Estado o secretário municipal de Turismo e presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), Wilson Poit.
Pelo menos dez grupos interessados são consórcios, alguns formados por até cinco empresas. Entre as inscritas há grupos de expositores, promotores de feiras, construtoras, escritórios de arquitetura e de advocacia. Do exterior, inscreveram-se empresas americanas e alemãs, entre outras.
“Muitos são consórcios formados por grandes construtoras brasileiras que se juntaram com empresas internacionais, algumas já proprietárias de pavilhões de eventos”, disse Poit.
As propostas incluem parceria público-privada (PPP), fundo imobiliário, concessão e sociedade – a SPTuris é uma empresa de turismo que tem a Prefeitura como sócia majoritária.
A ideia do chamamento é consultar as propostas do setor privado, que sinalizou para a construção de monotrilho interligando o Anhembi à Estação Tietê (Linha 1-Azul do Metrô), além de edifícios-garagem e um hotel de grande porte.
Em dez dias, serão divulgados os nomes das empresas autorizadas pela Prefeitura para a realização de estudos de arquitetura e engenharia, planos de negócios e modelagem econômica. Os interessados terão 90 dias para entregar o material, que será avaliado por uma comissão. A previsão é de que a licitação seja lançada até o início de 2016. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.