Cidades

Número de reclamações contra construtoras cresceu 59% no ano passado

Somente no ano passado, Guarulhos registrou atraso em mais de 2.000 unidades habitacionais

O número de reclamações contra as construtoras de imóveis residenciais cresceu em 59% no ano passado, de acordo com balanço realizado pela Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (AMSPA). Dentre os principais problemas estão os atrasos na obra; vícios ou defeitos de construção; taxas abusivas; cobrança de juros sobre juros e leilões de imóveis. Conforme o levantamento, no ano passado, houve 2.199 reclamações referentes às construtoras – dessas 32% dos reclamantes acionaram a Justiça.

Para Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA, o problema está na ausência de informações para os clientes. "Das muitas queixas que recebemos todos os dias, quase 60% delas são contra construtoras, as outras queixas são relacionadas a bancos. É nítida a falta de conhecimento dos mutuários. Por conta disso ficam à mercê dessas instituições", afirma Luz.

Segundo o estudo, somente no ano passado, Guarulhos registrou 2.000 atrasos na entrega das obras dos imóveis – valor que representa uma elevação de 47% em relação a 2010 e é também 2% maior que a capital paulista que registrou 1.920 reclamações.

"O número é bem alto se compararmos com o boom imobiliário que a cidade vive. Ao mesmo tempo em que Guarulhos tem se tornado uma referência para quem busca um imóvel, a ausência de compromisso das construtoras também está crescente", acrescentou Luz que ressaltou que o principal problema está na falta de infraestrutura e planejamento das construtoras o que acaba gerando o não cumprimento do prazo de entrega do imóvel.

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