No começo dos anos 1970, William Friedkin fez história no cinema de gênero com o terror de O Exorcista. A história da possessão de Regan/Linda Blair, adaptada do best-seller de William Peter Blatty, assustou toda uma geração de espectadores. Regan torcendo o próprio pescoço, vomitando verde, masturbando-se com o crucifixo, cuspindo palavrões.
O Exorcista não apenas fez história, como deu origem a sequências e imitações, incluindo versões paródicas. A melhor de todas as sequências, talvez melhor até que a original, de 1973, é O Exorcismo de Emily Rose. O longa de Scott Derrickson, de 2005, está de volta às 16h40 deste sábado, 19, no canal Sony. Derrickson fez seu filme nas bordas. O exorcismo é levado ao tribunal, no formato de julgamento.
Emily Rose é considerada possuída e submetida a um exorcismo pelo padre Tom Wilkinson, mas morre no processo. A história é real, e até hoje não se sabe se Anneliese Michel sofria de esquizofrenia. O certo é que o exorcismo não funcionou, pelo contrário.
Jennifer Carpenter é impressionante no papel e o embate é entre ciência e religião, ou fanatismo, um tema bem atual. A advogada de defesa é ateia, Laura Linney. Choca-se com a crença do padre. Nas duas frentes, Teologia e Justiça, o filme é bem forte.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>