De passagem pela Câmara na tarde deste domingo, 17, o presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou que o grupo pró-impeachment já conta com o número de votos suficientes para o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Na avaliação do senador, que assumiu interinamente o comando do PMDB no lugar do vice-presidente, Michel Temer, a decisão dos deputados terá como base a pressão realizada nos respectivos Estados. “Aqui não está votando a pessoa jurídica, o partido. O que pesa na votação é a prestação de contas do deputado junto às bases”, considerou.
O senador também comentou sobre a tramitação do processo de impeachment no Senado após possível aprovação na Câmara.
“A escolha dos integrantes da comissão especial será feita de acordo com a representação partidária. Está sob o comando do líder do PMDB, senador Eunício Oliveira, a indicação dos membros e a definição junto com outros partidos de quem comporá comissão”, disse.
Para o presidente em exercício do PMDB ainda é cedo para se estabelecer um cronograma da votação. Ele considerou, porém, que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não deve atrasar o andamento do processo. “Não é o perfil do senador Renan Calheiros, ele vai ser juiz, um presidente institucional do Senado. É claro que pessoalmente ele até pode ter a torcida dele, mas ele representa uma instituição que é maior do que qualquer processo de impeachment”, ressaltou.