Diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus voltou a citar nesta quarta-feira, 17, as Américas como um dos epicentros da pandemia da covid-19 no mundo. "Houve mais de 435 mil mortes nas Américas, na África e no Sul da Ásia; os casos ainda estão aumentando rápido", disse ele, durante entrevista coletiva da entidade.
Ghebreyesus lembrou que o mundo já registrou mais de 8 milhões de casos da doença. "Nos primeiros dois meses, 85 mil casos foram reportados. Mas nos últimos dois meses foram reportados mais de 6 milhões de casos", comparou. "O vírus acelera e se move rápido", disse. Nesse contexto, ele voltou a enfatizar a necessidade de se fazer testes, a fim de se saber onde a doença se encontra.
Diretor executivo da entidade, Michael Ryan lembrou que, na ausência de um panorama claro sobre a disseminação da doença, "a resposta precisa ser mais dura e menos precisa". Para Ryan, é preciso ter uma visão "mais sofisticada do que fazer ou não lockdown", com o uso de todas as ferramentas disponíveis – como testes, rastreamento de contatos dos casos positivos, isolamento e tratamento dos casos confirmados e dos suspeitos e medidas de distância física.
Ghebreyesus notou que a covid-19 "surpreendeu muitos países, inclusive desenvolvidos". Como já fez em coletivas anteriores, o diretor-geral da OMS voltou a insistir que é preciso "união nacional e solidariedade global" para enfrentar a pandemia.