A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou a previsão para a oferta brasileira da commodity este ano em 6 mil barris por dia (bpd), a 3,77 milhões de bpd. O resultado ainda representaria um crescimento de cerca de 180 mil bpd em relação a 2021, segundo relatório mensal divulgado nesta terça-feira, 15.
O cartel explica que a revisão reflete o declínio de 25 mil bpd no primeiro trimestre. Para 2022, a expectativa da entidade é de que a produção seja impulsionada por dois novos projetos: Mero-1 (FPSO Guanabara), que inicialmente estava planejado para começar em 2021, e o avanço da Sepia (Santos).
Em janeiro ante dezembro, houve alta de 194 mil bpd na produção de petróleo cru brasileira, a 3,03 milhões de bpd, diz o documento.
<b>PIB</b>
Também nesta terça-feira, a Opep manteve a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano em 1,5%, de acordo com relatório mensal.
Segundo o cartel, as projeções levam em consideração as incertezas políticas associadas às eleições presidenciais, além de preocupações quanto à inflação elevada e ao quadro fiscal.
As tensões geopolíticas em decorrência da invasão da Ucrânia pela Rússia também foram absorvidas nos cálculos.
A expectativa da Opep é de que a política monetária "altamente contracionista" e condições de crédito mais apertadas possam desacelerar a demanda doméstica em um momento em que a política fiscal pode ser relaxada apenas marginalmente por conta do endividamento público.