Desde o início da manhã deste sábado, equipes do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios e da 18ª Delegacia de Polícia, localizada na Praça da Bandeira, zona norte da cidade, realizam ação conjunta para cumprir 10 mandados de prisão contra torcedores que agrediram policiais militares no entorno do estádio do Maracanã, na final da Taça da Guanabara, entre Vasco e Fluminense, no dia 17 de fevereiro, quando foi encerrado o primeiro turno do Campeonato Carioca.
“Até o momento, seis mandados já foram cumpridos e um sétimo envolvido foi identificado e preso após a expedição dos mandados iniciais. Dentre os indiciados, há quatro integrantes de torcidas organizadas do Botafogo. Durante as ações, diversos materiais de torcidas organizadas foram apreendidos com os envolvidos”, informou a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar.
A confusão que provocou o conflito entre as torcidas e a polícia começou com a disputa entre Vasco e Fluminense pela alocação das torcidas no setor sul do Maracanã, no primeiro turno do Campeonato Carioca. O clássico começou sem qualquer torcedor nas cadeiras numeradas e arquibancadas do estádio, mas, por volta de 17h30, com o clássico já com 30 minutos do primeiro tempo, a Justiça determinou a abertura dos portões.
Pela manhã, o Vasco havia decidido abrir os portões do estádio, desrespeitando decisão judicial proferida na madrugada, que determinava que o jogo não teria a participação das torcidas. A desembargadora de plantão Lucia Helena do Passo acolheu um pedido do Fluminense, em meio às discordâncias dos clubes sobre qual setor as suas torcidas ocupariam no estádio.
A Polícia Militar divulgou então um alerta no Twitter, pedindo que os torcedores ficassem em casa, diante da indefinição sobre a disputa judicial. Quando torcedores, inconformados por não conseguirem entrar, derrubaram uma grade de proteção, houve tumulto. Bombas foram detonadas por policiais e algumas pessoas ficaram feridas por estilhaços.