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Oposição tenta criar em São Paulo CPI para investigar fraude das merendas

Deputados de oposição ao governo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) estão coletando assinaturas para criar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o esquema de fraude na compra de alimentos de merenda escolar por prefeituras do interior do Estado. O líder do PT na Casa, Geraldo Cruz, conseguiu até agora 19 das 32 rubricas necessárias.

O deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia, foi o primeiro a assinar o pedido. Ele foi citado por investigados na Operação Alba Branca como um dos supostos beneficiários de propina sobre contratos da Secretaria de Estado da Educação.

O tucano, que nega o envolvimento no esquema, diz estar disposto a “furar” a fila de comissões que estão protocoladas na Casa se a oposição reunir as assinaturas necessárias.

“Pouco importa se existem cinco ou dez pedido na frente. Eu vou instalar porque o fato é grave”, diz Capez. O presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), Cássio Chebabi, apontado como pivô do esquema, afirmou ter sofrido “retaliações e ameaças” por mensagem de WhatsApp de um assessor de Capez quando o pagamento da propina atrasava.

“Desde 2011, os tucanos já enterraram 26 CPIs, esperamos que essa não seja a 27.ª”, afirmou a deputada petista Beth Sahão.

Aliado do governador Geraldo Alckmin, o deputado Campos Machado (PTB) diz ser contra a comissão. “Há 20 anos eu defendo que, se existe um fato sendo investigado pelo Ministério Público, o resultado da CPI vai acabar caindo lá. O que querem é um enforcamento moral do Capez”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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