Estadão

Orçamento não é decreto do presidente, diz Bolsonaro ao justificar cortes

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a justificar, durante live Mulheres de Minas com Bolsonaro na tarde desta sexta-feira, 14, os cortes em áreas essenciais como a educação e saúde. "Na questão de honrar ou não o orçamento, eu tenho que seguir a lei, a lei de responsabilidade fiscal", repetiu. O presidente também se esquivou da responsabilidade com relação ao tema. "O orçamento é uma peça que você manda para o parlamento e o parlamento trabalha", disse.

Ao declarar que os deputados e senadores têm total "liberdade" em relação ao orçamento, o presidente afirmou que o orçamento "é muito mais do legislativo do que Executivo". Segundo o presidente, "o orçamento não é decreto do presidente".

Os cortes em programas como Farmácia Popular e em ações destinadas ao tratamento do câncer, por exemplo, viraram alvo de críticas por parte da campanha do adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista tem criticado a condução do orçamento público por parte do atual chefe do Executivo e defende a instauração de um "orçamento participativo".

Durante sua participação na live, Bolsonaro defendeu o enxugamento da máquina e destacou feitos realizados durante seu mandato. "Abrimos concursos para o essencial. A máquina diminuiu, mas ela é pesada ainda. O que você faz para ajudar a máquina? Você começa a desburocratizar", declarou. Ele citou a sanção da lei da liberdade econômica e o aumento na entrada de trabalhadores no mercado formal. "O que eu faço é não atrapalhar a vida de quem quer empreender", continuou.

Ele voltou a dizer que optou por uma equipe técnica e que não houve casos de corrupção em seu governo. "Você não vê corrupção no meu governo, se aparecer, a gente ajuda a apurar", declarou.

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