A pouco mais de 30 dias das eleições presidenciais, vive-se um momento em que uma das candidaturas – baseada em todas as campanhas eleitorais – aponta para uma decisão no primeiro turno. A candidata apoiada pelo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, baseada nos altos índices de popularidade do chefe da Nação, Dilma Roussef (PT), obteve larga vantagem em relação ao segundo colocado, José Serra (PSDB), nos levantamentos realizados pelos mais diversos institutos de pesquisa, desde aqueles que sustentam grande credibilidade como alguns que fazem trabalhos por encomenda.
Chama a atenção o fato de Dilma crescer de forma bastante rápida logo após o início da campanha, principalmente no rádio e televisão, onde ela aparece colada no presidente, seu principal cabo eleitoral, o que dá sinais de que a vitória estaria consolidada. Que o candidato oponente, Serra, não teria forças para reagir. Desta forma, o PT investe no avanço pelos estados onde ainda não tem a maioria nas mesmas pesquisas para os governos estaduais e Senado.
Se essa onda petista seguir avançando, como espera o partido, a ideia é conseguir o maior número de governos estaduais possíveis, além de cadeiras no Senado, para que Dilma possa governar de forma consolidada e praticamente sem uma oposição forte. Frise-se que Lula, neste oito anos de poder, encontrou pouca resistência do Legislativo. Tanto que conseguiu, através de manobras governistas, livrar seus aliados, como o presidente do Senado, José Sarney, de processos de cassação.
Desta forma, Lula – ao perceber que Dilma folga na liderança – começa a se sentir mais à vontade para expandir a campanha junto a outras candidaturas majoritárias. No último fim de semana, por exemplo, diferente do que vinha ocorrendo até aqui, o presidente fez questão de colar sua imagem também junto ao candidato ao Governo de São Paulo, Aloysio Mercadante, e àqueles que o partido apoia para o Senado.
Porém, apesar dos ventos soprarem a favor dos interesses do PT, a campanha de José Serra está longe de se dar como vencida. Os tucanos, diferente de pleitos do passado, demonstram que vão se unir bastante nesta reta final de campanha para virar o jogo. A ideia é concentrar esforços principalmente nos centros urbanos onde o partido aparece com melhores índices de aceitação, como forma de garantir a ida ao segundo turno.
Os eleitores, por sua vez, precisam estar atentos aos discursos e realizações dos dois lados. Em época de campanha, há o bombardeio incessante de informações. Muitas não passam de propagandas oficiais que não se traduzem