O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), mandou um recado mais cedo para a base aliada e enfatizou que não receberia o requerimento de encerramento da discussão da sessão de debates. Segundo relatos, o peemedebista enfatizou que o pedido seria compreendido como uma quebra de acordo e ameaçou encerrar a sessão desta quarta-feira, 12, retomando os trabalhos só amanhã, 13.
Os governistas começaram o dia anunciando que tinham pronto o pedido para encerrar a discussão e que estavam dispostos a fazer uso do mecanismo para abreviar a fase. Esse tipo de requerimento pode ser apresentado a partir do 10º discurso na comissão.
Na semana passada, houve um acordo entre líderes partidários que permitia a manifestação de mais de 170 deputados na fase de debates da denúncia contra o presidente Michel Temer. “Esse requerimento seria um descumprimento de acordo”, disse Pacheco à reportagem.
O recado de Pacheco vem funcionando até o momento. Mais de 110 parlamentares se inscreveram para discursar na sessão. Até agora, 13 deputados fizeram uso do tempo de líder (que varia de acordo com o tamanho da bancada) e dos 15 minutos destinados a membros da comissão. Os 40 não-membros da comissão que poderão falar por até 10 minutos ainda não começaram a falar.