Pacheco: Discutiremos CPI após definirmos temas urgentes como auxílio e vacinação

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afastou mais uma vez a possibilidade de instalar neste momento uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa para investigar o governo federal em função da gravidade da covid-19 no País. A declaração foi dada durante evento virtual promovido pelos jornais <i>O Globo</i> e <i>Valor Econômico</i>.

Após a decisão do presidente Jair Bolsonaro de substituir o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, Pacheco admitiu que "eventualmente" a comissão pode ser instalada, mas que o início da investigação precisa esperar a definição de temas mais urgentes – como auxílio emergencial e vacinação – e o retorno dos trabalhos presenciais no Congresso, cenário sem data definida no momento.

Pacheco reforçou que o foco do Congresso no momento é fiscalizar o cumprimento do cronograma de vacinação apresentado pelo Ministério da Saúde. "Os erros ainda não terminaram. Certamente nessa caminhada acontecerão outros erros que poderão ser avaliados em algum momento, inclusive com uma Comissão Parlamentar de Inquérito", afirmou o presidente do Senado, ao falar que uma CPI só pode investigar erros do passado.

Ele reconheceu ainda que o pedido de investigação apresentado por senadores tem "assinaturas suficientes e fato determinado declinado". O presidente do Senado citou que neste momento o Senado tem uma comissão de acompanhamento da covid-19 funcionando. Esse colegiado, porém, não tem poderes de uma CPI, como convocar autoridades e determinar diligências para responsabilizar autoridades pela crise.

"A busca por culpados acontecerá no Brasil sobre aquilo de desmando, de erros e eventuais crimes que tenham sido praticamente no decorrer dessa triste quadra da história nacional", afirmou Pacheco, colocando na frente de uma CPI três fatores: auxílio emergencial, vacinação e credenciamento de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UI). A solução não virá com a CPI", disse o senador.

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