Saúde

Paciente das Casas André Luiz, com deficiência, supera a Covid-19

O Dia das Mães é uma data ainda mais especial para Terezinha Sanches do Nascimento. O filho, Dillan Sanches do Nascimento, 34, atendido pela Casas André Luiz há 16 anos, foi diagnosticado com Covid-19 em 2020.

“Quando a gente ficou sabendo que o exame (de coronavírus) deu positivo, meu chão abriu. Eu pensei que ia perder meu filho (…) que não ia poder dar tchau para ele. A doença ainda era novidade e eu tinha muito medo de perdê-lo. Isso acabou comigo”.

Apesar da gravidade, esta não era a primeira provação da família. Dillan nasceu prematuro, com apenas seis meses, e dentro de um táxi. O recém-nascido foi levado às pressas ao hospital mais próximo e, dali, ao Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP. “Ele permaneceu sob cuidados especiais por quase três meses, entre a vida e a morte. De lá para cá, a gente nunca deixou de lutar. Estamos batalhando, juntos, pelo direito do Dillan viver”.

“Quando eu me mudei para cá, no bairro (Picanço, em Guarulhos), soube da Unidade de Longa Permanência da Casas André Luiz. Mandei uma carta com a foto dele, contando um pouco sobre a nossa história. Em menos de um mês, conseguimos atendimento”.

Muito amor, carinho e atenção construíram a base de um relacionamento forte e exemplar, e a presença da família foi importante para o desenvolvimento de Dillan. Porém, quando a pandemia veio, assim como suas respectivas restrições sanitárias, as visitas cessaram.

“Eu me senti muito mal, muito perdida, porque eu venho visitá-lo todo o fim de semana. Foi doloroso para mim, e eu sabia que seria bastante difícil para ele também. O Di é audição, é contato. Meu medo era ele entrar em depressão, ficar triste por não sentir a nossa presença, tanto a minha quanto das irmãs”.

Depois de muita oração, a notícia tão aguardada veio: Dillan estava curado da COVID-19. Terezinha conta que ligou todos os dias para que o filho pudesse ouvir sua voz, para ele saber que a família estava presente. A enfermeira, segundo contou mais tarde, dizia que o caçula sorria, e que isso lhe dava forças para continuar.

“Eu só pude vê-lo no dia em que gravaram o vídeo, quando ele saiu da UTI. A gente chorou muito, chorou de felicidade, de alívio, de vitória.  Eu estava no serviço. As meninas me mostraram no Instagram e eu não conseguia parar de chorar. Difícil foi esperar, acho que cinco meses, para visitá-lo. É muita emoção, um sentimento que não cabe dentro do peito”.

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