O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira, 8, que o problema da eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados é do Legislativo, e não do Executivo. “O Poder Legislativo é autônomo, esta questão pertence ao Poder Legislativo”, afirmou em Porto Alegre.
Na quinta, após Eduardo Cunha renunciar à chefia da Casa, Padilha já havia dito que o governo de Michel Temer “não tem preferência nem rejeição” por nenhum candidato para suceder o peemedebista, desde que seja da base do governo. Hoje, na capital gaúcha, Padilha negou que a falta de hegemonia no processo de eleição do novo presidente da Câmara possa causar um problema para o governo.
“Na Câmara dos Deputados, todas as matérias que submetemos à votação ganhamos por mais de dois terços. Portanto não tem imbróglio nenhum, absolutamente nenhum”, disse. “Nós vamos continuar ganhando por mais de dois terços todos os projetos que mandarmos para lá. Confiança absoluta, nossa base é consistente”, disse.
Ele minimizou a derrota sofrida esta semana, quando o governo não conseguiu aprovar, na Câmara, a urgência constitucional do texto que trata da renegociação das dívidas dos Estados com a União. “Neste caso era um requerimento, não um projeto”, afirmou.
Até o início da noite desta sexta-feira, 8, cinco parlamentares já haviam registrado suas candidaturas. Os nomes estão divididos entre adversários e aliados do ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ). São eles: Fausto Pinato (PP-SP), Marcelo Castro (PMDB-PI), Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES) e Fábio Ramalho (PMDB-MG).