Estadão

Pandemia, machismo e casamento são o mote de Muito pelo Contrário

Criança pequena, casa para administrar, relação para preservar e, lá fora, uma grave pandemia. A comédia Muito pelo Contrário, do escritor Antonio Prata, retrata esse período. Mas vai além: discute o papel de um homem dentro do casamento, com um filho pequeno, que, ao se deparar com uma oportunidade de "pular a cerca", começa a rever os próprios valores.

<b>POSSIBILIDADES</b>

"A peça fala de um comportamento masculino recorrente, enraizado no machismo. E não há mais espaço para esse tipo de atitude. É um momento de transformação do homem. Mas o texto não traz respostas, e sim possibilidades", diz o ator Emílio Orciollo Netto, que interpreta o personagem Pedro.

Em tempos em que discutir machismo virou questão política, Orciollo Netto diz que a peça não entra por esse caminho. "O mais importante é criar uma reflexão. Falamos de fidelidade, sexualidade, companheirismo, enfim, de relacionamento. Numa pandemia, tudo fica com lente de aumento."

Sozinho em cena – a direção é de Vilma Melo e Victor Garcia Peralta -, o ator diz estar muito feliz em voltar aos palcos. "O teatro está voltando. Os espetáculos estão com plateias lotadas. O público está sedento por cultura. E ele sabe o que é bom. Ninguém engana o público", completa.

Muito pelo Contrário
Teatro Unimed
Al. Santos, 2.159, Jardins.
6ª e sáb., 21h; dom., 18h.
R$ 70 / R$ 90.
Até 9/10

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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