O papa Francisco quebrou nesta segunda-feira, 9, o silêncio sobre protestos que ocorrem no Irã. Ele criticou o uso da pena de morte e comentou que as manifestações "pedem maior respeito pela dignidade da mulher". Ele tratou do tema em discurso anual a embaixadores acreditados no Vaticano, uma fala sobre política externa na qual o papa delineia áreas de maior preocupação para a Santa Sé.
Segundo o líder religioso, a pena de morte é "inadmissível" em todas as circunstâncias. Ele vinculou a oposição ao aborto e a pena de morte, dizendo que ambos são uma violação do direito fundamental à vida.
Os protestos começaram no Irã em meados de setembro, tendo como estopim a morte de Mahsa Amini, uma mulher de 22 anos presa pela polícia da moralidade iraniana por supostamente violar o código de vestimenta do país. Pelo menos quatro pessoas já foram executadas desde o início das manifestações, em meio a críticas internacionais, em julgamentos rápidos e a portas fechadas. Pelo menos 519 pessoas foram mortas nos protestos, com mais de 19.200 prisões, segundo ativistas do Human Rights Watch (HRW) no Irã. Fonte: Associated Press.