Apesar do resultado da greve dos servidores públicos municipais, que foi contra os interesses do prefeito Sebastião Almeida (PT) e culminou na retirada da Câmara Municipal do Projeto de Lei que previa a implantação do Regime Jurídico Único (RJU), o vereador Marcelo Seminaldo (PT) defendeu a necessidade de debater o assunto de forma ampla e descartou qualquer derrota do Governo neste processo.
“De jeito nenhum. Não teve derrota. A ideia é fazer com que os servidores possam ser beneficiados pelo Projeto de Lei. Mas não havendo entendimento, o governo teve a sensibilidade de entender que o projeto não estava a contento dos servidores, até porque quando o governo pensou isso, pensou neles. Aquilo que não é bom vamos discutir até ficar bom”, declarou Seminaldo.
Antes da greve, entretanto, o objetivo de Almeida era aprovar a proposta apresentada ao Poder Legislativo para que pudesse ser sancionada e implantada a partir de 1 de janeiro de 2016. Mesmo assim, o vereador elogiou a postura das partes envolvidas e classificou o momento atual como dentro da normalidade.
“Nesse processo as instituições funcionaram: sindicato, os trabalhadores se organizaram e pleitearam legitimamente o que queriam, e o prefeito foi sensível à demanda dos servidores e retirou o projeto da Câmara, mostrando que é uma pessoa de diálogo. Então, por enquanto tudo dentro da normalidade”, ressaltou.
O vereador acredita que os próximos passos envolvendo as negociações entre o funcionalismo público e a Administração é a de que possam chegar a um consenso e dessa forma apresentar uma proposta mais satisfatória para os servidores. Contudo, ainda não existe data definida.
“As negociações começam tão logo se reúnam os representantes dos trabalhadores e do Governo na CPN. A expectativa agora é de que haja um amplo debate para que seja apresentado no futuro uma proposta que seja mais condizente com os interesses dos servidores municipais”, concluiu.